quarta-feira, 17 de agosto de 2016
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
aulas teoricas do missal Romano
Introdução
A reforma da liturgia latina, decidida pelo concílio vaticano II,
encontra a sua expressão concreta nos livros litúrgicos ou rituais.
O missal, entre os costumados, apresenta as normas universais do ano
litúrgico e do calendário, com o calendário romano geral do próprio dos
países a que se destina. É a partir destes documentos, que elabora,
anualmente, o diretório litúrgico, espécie de agende que existe em
qualquer sacristia, pois a ela devemos recorrer para os preparativos da
celebração ou da missa.
Para cada missa, o missal apresenta, além de três orações presidenciais coleta, sobre as oblatas ou sobre as oferendas e depois da comunhão,
as antífonas de entrada e da comunhão, as quais não sendo cantadas pela
assembléia, é recitada as vezes por alguns sacerdotes.
De notar que o missal apenas contém as fórmulas a dizer pelo presidente (
exceto o ordinário da missa que inclui também as intervenções da
assembléia). Para a liturgia da palavra, leituras e cânticos
intercalares há que recorrer o lecionário.
Voltemo-nos para o corpo do missal. segue essa ordem:
- Próprio do tempo.
- Ordinário da missa.
- Ordinário da missa com canto.
- Próprio dos santos.
- Missas comuns.
- Missas Rituais.
- Missas e orações diversas necessidades.
- Missas votivas.
- Missas dos defuntos.
- completam o missal quatro apêndices, com formulários diversosO próprio do tempo
O missal apresenta os diversos tempos do ano litúrgico, do 1° domingo do
advento aonde começa o ano litúrgico até ao 34° domingo do tempo comum
(solenidade de nosso senhor Jesus Cristo rei do universo), dispostos
pela seguinte ordem:
- Tempo do advento (página 103-131)
- Tempo do natal (página 137-164)
- Tempo da quaresma (página 167-241)
- Sagrado tríduo pascal (página 245-328)
- Tempo da páscoa (página 329-391)
- Tempo comum (página 395-430)
- Solenidade do senhor no tempo comum, (Santíssima trindade, Santíssimo
corpo e sangue de Cristo e Sagrado coração de Jesus) ( página
431-436)
Para cada dia do advento, natal, da quaresma e do tempo pascal, o missal
contém a oração da coleta, a oração sobre as oblatas e a oração depois
da comunhão, e ainda antífona de entra e da comunhão.
Durante o tempo comum, as orações e antífonas próprias para cada
domingo, repetem-se depois e durante os dias feriais, se outro critério
não for usado.
O Rito da missa
Apresenta-se duas modalidade: uma sem canto (página 440-549), e outra
com canto (página 576-800). Contém as intervenções do presidente da
assembléia e as respostas do povo comuns em todas missas. ou seja:
1- Ritos iniciais
- Saudação
- Ato penitencial
- Invocação Kyrie, Eleison (omiti-se quando é utilizada a terceira forma
ou o rito para a aspersão dominical da água benta ( Apêndice IV, página
1359-1365)
- Hino do glória
- Oração do dia ( abre o missal próprio do dia)
2- Liturgia da palavra
Para a liturgia da palavra as leituras e os cânticos intercalares é
preciso recorrer ao lecionário, Para a celebração são necessários dos
livros: O missal e o lecionário. O missal é o livro do presidente e o
lecionário é o livro do leitor por isso é sempre bom antes de começar a
missa o cerimoniário responsável dar uma passada nas leituras para ver
se estar correto.
- Leituras ( 1° leitura, salmo, 2° leitura e o evangelho)
OBSERVAÇÃO: em dias de semanas que não se celebra no domingo não tem a 2° leitura
- Profissão da fé (creio em Deus pai...)
. Simbolo niceno-constantinopolitano (página 448)
. Símbolo dos apóstolos (página 449)
- Oração universal (preces)
3- Liturgia Eucarística
- Preparação das oferendas
(Oração sobre as oferendas) esta oração estar no missal
- Prefácio
- Oração eucarística (são aquelas orelhas verde e vermelha do missal no qual cada verde em numero romano mostra a oração eucarística)
OBSERVAÇÕES:
*São 144 Número de prefácios, encontrando-se no ordinário os mais utilizados (página 453-513)
*Há 4 orações eucarísticas (página 515-543); porém, no missal, temos ainda as seguintes:
* 4 Orações eucarísticas para missas diversas (página 1157-1179)
* Orações eucarísticas para a missa de reconciliação (página 1314-1325)
* Orações eucarísticas para a missa com crianças (página 1326-1341)
4- Rito da comunhão ( a ultima orelha do missal página 500)
- Pai Nosso
- Rito da paz
- Cordeiro de Deus
- Comunhão
- Oração depois da comunhão
(Oração sobre as oferendas) esta oração estar no missal
- Prefácio
- Oração eucarística (são aquelas orelhas verde e vermelha do missal no qual cada verde em numero romano mostra a oração eucarística)
OBSERVAÇÕES:
*São 144 Número de prefácios, encontrando-se no ordinário os mais utilizados (página 453-513)
*Há 4 orações eucarísticas (página 515-543); porém, no missal, temos ainda as seguintes:
* 4 Orações eucarísticas para missas diversas (página 1157-1179)
* Orações eucarísticas para a missa de reconciliação (página 1314-1325)
* Orações eucarísticas para a missa com crianças (página 1326-1341)
4- Rito da comunhão ( a ultima orelha do missal página 500)
- Pai Nosso
- Rito da paz
- Cordeiro de Deus
- Comunhão
- Oração depois da comunhão
5- Ritos de conclusão
- Benção final
A benção final se encontra nas páginas 553-567 e 569-579 respectivamente tem a do tempo de mártires e etc.
Serviço comum do missal na missa
1) Ritos iniciais (440-445)
2) Oração do dia (própria do tempo) ela é feita depois do glória na quaresma depois do ato penitencial
3) Oração sobre as oferendas (Própria do tempo) ela é feita depois do ofertório aonde o padre fala "Orai irmãos e irmãos..."
4) Prefácio (O padre escolhe) Sempre antes de começar a missa pergunta
ao padre qual prefácio fazer, terminando a oração sobre as oferenda
você tem 5 segundos para virar para o prefácio.
5) Oração Eucarística (O padre escolhe) Também deve pergunta ao padre
qual oração que ele quer fazer, ela é feita depois de cantar o santo
6) Rito da comunhão (500) o rito da comunhão é na página que todos
guardam na memória é sempre depois da oração eucarística onde sempre
começa com o pai nosso.
7) Oração depois da comunhão (própria do tempo) como mesmo diz é depois de que todos comungam.
8) Benção final (553-567 e 569-579)
domingo, 7 de agosto de 2016
como ser um acólito?
7 - Ser acólito
1. O acólito vai para a igreja
Cada domingo, algum tempo antes de começar a
missa, o acólito deve ir para a igreja, sempre muito bem vestido e
limpo, desde o cabelo até aos sapatos, sem esquecer as mãos e as
unhas.
Não se esqueça de uma coisa importante: quem
vai receber a santíssima Eucaristia, não deve tomar nenhuma
comida ou bebida, excepto água ou remédios, pelo espaço de ao
menos uma hora antes da sagrada comunhão. Isto quer dizer que o
acólito deve terminar o pequeno-almoço cerca de 15 minutos antes
de começar a missa, dado que desde o princípio da missa até à
comunhão se demoram 45 minutos. Não se esqueça também de que,
durante a missa, não deve chupar rebuçados nem outras guloseimas.
Na igreja não se come comida vulgar. Só se comunga o Corpo de
Cristo.
Ao chegar à porta da igreja, o acólito deve
cumprimentar os companheiros e as pessoas que ali estiverem. Pode
também esperar um pouco por outros acólitos que ainda não tenham
vindo. É bom estar ali um bocadinho, em grupo, contando ou ouvindo
alguma novidade.
Ao entrar na igreja, deve começar por ver
se há algum cartaz ou notícia nova no guarda-vento ou no
expositor, e também se lhe está atribuído algum serviço nesse dia:
acolitar, recolher as ofertas, acolher as pessoas à porta da
igreja, distribuir alguma folha. São serviços que pertencem aos
acólitos.
Por fim, o acólito dirige-se para os
primeiros bancos da igreja. É aí o seu lugar, não nos bancos de
trás. Porquê? Porque pode ser necessário chamá-lo para algum
serviço durante a celebração, e, se estiver à frente, isso torna-se mais
fácil. E também porque é bonito ver os mais novos uns ao pé dos
outros.
Que faz o acólito ao chegar ao seu lugar
nos bancos da frente? Ajoelha e saúda Jesus, que está presente na
Eucaristia guardada no sacrário. Jesus é o grande amigo de todos
os cristãos, e a nossa primeira palavra deve ser sempre para Ele. Nas
igrejas mais modernas há uma capela do Santíssimo. Se for esse o
caso, é para aí que o acólito se deve dirigir, a fim de saudar
Jesus.
Como se saúda Jesus? Primeiro ajoelhando, a
seguir inclinando a cabeça, depois fazendo sobre si próprio o
sinal da cruz, e por fim ficando uns momentos em adoração. Vejamos
como se faz cada um destes gestos.
Como se ajoelha?
Com os dois joelhos e conservando o corpo bem direito. Há pessoas que,
depois de ajoelhar, se sentam nos calcanhares, o que é muito feio.
Não se deve confundir o ajoelhar com ambos os joelhos e o
genuflectir com um só joelho. Falaremos disso mais tarde. Porque se inclina a cabeça?
Porque essa é uma forma de saudar Jesus, com um gesto de humildade, que
é o significado da inclinação da cabeça. Assim como ajoelhar
significa tornar-se pequeno diante de Deus, inclinar a cabeça é
manifestar que temos consciência da nossa pequenez. Como se faz o sinal da cruz?
Faz-se com a mão direita aberta e os dedos juntos, indo com a mão
da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito, ao mesmo tempo
que se diz: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O sinal da cruz é o sinal identificativo dos cristãos, porque foi na cruz que Jesus deu a vida por nós. Que diz o acólito durante os breves momentos de adoração? Pode dizer, por exemplo: Jesus,
hoje é domingo, o dia da tua ressurreição, e eu estou aqui na
igreja da minha terra para celebrar a tua Ceia. Faz-me bom cristão,
bom paroquiano e bom acólito.
Tudo isto deve ser feito com muita
dignidade e sem pressa, pensando n’Aquele que estamos a saudar.
Depois de rezar durante alguns momentos o acólito, se nesse dia for
ele a acolitar, vai para a sacristia e veste a sua túnica. Se não for o
seu dia de acolitar, fica sentado no banco, a olhar para o
sacrário e a falar com o Senhor. Mas não deve estar a falar com
quem está ao seu lado, nem a rir, nem a brincar, nem a fazer mal.
Todos os que servem no presbitério usam uma
veste branca, a começar pelo presidente da celebração e a acabar
nos acólitos. A veste dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos
chama-se alva, palavra que quer dizer veste branca. À dos acólitos chama-se-lhe túnica, que é uma veste também branca mas mais ajustada ao corpo do que a alva.
O acólito não veste a túnica logo na primeira vez que exerce este serviço. É bom, primeiro, que faça o Curso para Acólitos,
e que, mesmo sem túnica, durante alguns domingos, esteja junto
dos outros companheiros que já são acólitos, e aprenda, pouco a
pouco, a fazer as coisas com eles. Quando o responsável dos
acólitos entender que algum dos candidatos está preparado para
acolitar bem, informa disso o pároco e este, num domingo, depois da
homilia, chama-o, nomeia-o acólito e entrega-lhe a túnica, o cíngulo e
uma pequena cruz de madeira. A mãe do acólito ou outra pessoa sua
amiga vem ajudá-lo a vestir-se e, nesse mesmo domingo, é ele o
primeiro que leva para o altar o pão ou alguma das outras coisas
que estão na credência.
Geralmente é a mãe do acólito que lhe deve fazer a túnica, que será cingida à cintura por um cíngulo ou cordão,
também branco. A túnica deve estar sempre muito bem lavada e
passada a ferro. As túnicas dos acólitos também podem pertencer à
paróquia. Nesse caso, deverão ser de tamanhos diferentes, para se
adaptarem facilmente à altura de cada acólito.
A cor branca da túnica recorda ao acólito
que ele deve viver na graça de Deus, ser puro de coração e servir o
Senhor com alegria, dignidade e generosidade.
O acólito deve aprender a atar o cíngulo e a
arranjar a túnica, para não ir com ela de qualquer maneira,
porque isso é feio. Se não sabe fazer o nó do cíngulo, peça ao
senhor padre ou a outra pessoa que o ensine.
O acólito já deve ter a túnica vestida
quando o senhor padre chega à sacristia, para poder ajudá-lo a
vestir-se. Quando ele chega, cumprimenta-o e, quando ele veste a
alva, dá-lhe o cíngulo e ajuda-o a arranjar a alva, para ficar à mesma
altura, em baixo, tanto adiante como atrás.
O acólito nunca deve chegar atrasado. Isso é falta de educação e impede que a missa comece à hora marcada.
O lema do acólito é constituído por três palavras, e todas começam por um «A»: Amigo, Asseado, Atento. O acólito é amigo de todos mas particularmente do seu pároco, é asseado desde a ponta dos cabelos ao bico dos pés, e está sempre atento ao que é preciso fazer. E é Pontual.
uma igreja unida e firme na fé
- O interior de uma igreja
Já vimos na lição anterior como são as
igrejas por fora. Hoje vamos descobrir como elas são por dentro.
Se na terra onde vivemos há igreja paroquial, é essa que vamos
visitar; se não houver igreja paroquial mas sim outra igreja ou capela
onde se celebra a missa no domingo, é para ela que se dirige a
nossa visita.
Uma igreja tem a porta principal e pode ter
portas laterais. Nós vamos entrar pela porta principal. Se ela
estiver fechada, começamos por abri-la. Quem guarda a chave da
igreja é o senhor prior, ou o sacristão, ou ainda algumas das
pessoas que têm a responsabilidade de arranjar a igreja.
Muitas igrejas, logo a seguir à porta da
entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio. Isso quer
dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Noutras, este
átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira ou de outra, é
bom que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa
ou quando saem da igreja possam, no caso de estar a chover ou de fazer
muito calor, falar aí umas com as outras. Quando o átrio é depois
da porta principal, existe um guarda-vento, que faz mais do que
guardar o vento, porque também guarda do frio, do barulho da rua, e
evita que os cãezinhos que acompanham os donos entrem na igreja,
que não é lugar para eles.
Quando a igreja tem guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra directamente na igreja.
Vamos então penetrar no interior da igreja.
Antes de avançar olhemos com atenção. Estamos na parte mais ampla
da igreja. É um grande salão, não é? Chama-se lugar dos fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa; também se chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma grande nave.
Esta parte pode ter várias formas: pode ser
rectangular, quadrada, ou em semi-círculo. Quase todas as igrejas
têm uma só nave. Mas algumas têm mais do que uma. Normalmente, a
nave tem bancos ou cadeiras para os fiéis. Quase sempre há capelas
laterais ao longo da nave, mas pode não haver.
Passemos agora da nave da igreja para a
outra parte, mais pequena, onde está o altar. Chama-se a esta
segunda parte da igreja o presbitério. Esta palavra vem de presbítero,
que é outro nome que se dá aos senhores padres. Então quer dizer
que assim como a nave é o lugar dos fiéis, assim o presbitério é o
lugar dos presbíteros e de todos os ministros litúrgicos, dos quais já
falámos noutra lição.
Primeiro que tudo reparem que subimos um,
dois ou mais degraus para chegarmos a esta parte, o que quer dizer
que ela está em plano superior à nave dos fiéis. É como num
teatro, onde o palco também está acima da plateia. Para quê? Para se ver
bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se ver bem
o que aí se faz, o presbitério está em plano superior à nave.
Quais são as coisas que se encontram no
presbitério? Encontram-se aí o altar, a cadeira presidencial, o
ambão, por vezes o sacrário, bancos para os ministros, e uma mesa,
chamada credência, onde se colocam as coisas necessárias para a
celebração da Missa. Falaremos de tudo isso noutras lições.
Todas as igrejas paroquiais têm um lugar próprio para fazer os baptismos. Chama-se a esse lugar capela baptismal. É dentro dessa capela que está a pia baptismal.
As pias baptismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas
ou poligonais. Algumas são divididas ao meio, para de um lado
estar a água limpa que se utiliza no baptismo, e no outro se deitar essa
água na cabeça dos baptizandos, tanto crianças como adultos.
Outras não são divididas: têm apenas um espaço amplo interior,
onde uma criança pode ser baptizada por imersão. No princípio não
havia pias baptismais, mas verdadeiras piscinas, onde toda a gente
era baptizada dentro da água.
Se quiserem, podemos dar um beijo na pia
baptismal, pois foi aí que recebemos a vida nova que Deus nos deu
pela água e pelo Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis,
quando entravam na igreja paroquial, iam sempre beijar a pia
baptismal. Era um bonito costume. Ainda hoje, se alguém quiser fazer
isso de vez em quando, lhe fica muito bem.
Nos primeiros tempos da Igreja o pão
consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar antes de
morrer, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio
outro tempo em que, em cada igreja paroquial havia sempre uma
capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se
guardava o pão consagrado num cofre, que se chama sacrário ou tabernáculo.
Mais tarde o sacrário começou a pôr-se no
presbitério. É assim que continua a fazer-se em muitas igrejas.
Mas está mandado que, nas igrejas novas, haja uma capela do
Santíssimo, que também serve para aí se rezar em silêncio, quando se
entra na igreja ou noutros momentos.
Numa das próximas lições havemos de aprender
muito bem o que faz um candidato a acólito quando entra numa
igreja, como se ajoelha para adorar o Santíssimo Sacramento, e
muitas outras coisas. Hoje dizemos só isto.
Também fazem parte do interior do edifício
da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e
outras coisas necessárias às celebrações, as salas para reuniões,
as casas de banho e outras dependências.
oque é um acólito?
O QUE É UM ACÓLITO
1. Os ministros litúrgicos
Na primeira lição do nosso curso dissemos
que toda a assembleia litúrgica precisa de ministros litúrgicos
para a servir. E também dissemos que, para a celebração da missa
dominical decorrer sem atropelos, são precisos, pelo menos, quatro
ministros: o presidente, o leitor, o cantor e o acólito.
Imaginem, por exemplo, que num domingo as
pessoas se tinham reunido para a missa, mas não havia ninguém para
fazer as leituras nem para cantar o salmo. O presidente tinha de
presidir e, quando chegasse o momento, tinha também de ir ler as
leituras, no caso de não haver ninguém na assembleia capaz de as
proclamar, e isso faria com que a celebração sofresse um atropelo;
se não houvesse cantor, o salmo responsorial teria de ser apenas
lido, o que seria outro atropelo, pois o salmo deve ser cantado
por um cantor diferente do leitor.
Se isso viesse a acontecer muitas vezes,
poderia ficar-se com a ideia errada de que a missa é o que na
realidade não é ou não deve ser. Se fosse sempre o presidente da
celebração a fazer tudo, alguém poderia pensar que a missa é só dele,
quando isso não é verdade, pois Jesus quis e quer que ela seja de
todos os cristãos reunidos em assembleia. Jesus não quer que seja
um só a fazer tudo, mas também não quer que haja alguns que nunca
fazem nada. O que Ele mais gosta é que cada um faça o que deve
fazer, para que a celebração seja de todos e todos sintam que são
responsáveis por ela.
A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito
é aquele ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai
ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.
Quem é que o acólito acompanha e serve? Em
primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da
missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo
lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da
comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a
celebração. Noutras celebrações, acompanha e serve as pessoas
responsáveis por essas mesmas celebrações.
Quando é que o acólito começa a ajudar e a
servir o presidente da missa? Quando o bispo ou o presbítero, na
sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar
vestido e pronto, para poder ajudar. Depois, acompanha-os na procissão
de entrada, indo à frente. Durante a missa, o acólito está sempre
atento ao que o bispo ou o presbítero precisam, para lhes
apresentar umas vezes o missal, outras vezes as coisas que eles
hão-de colocar no altar, ou para os acompanhar quando vão
distribuir a comunhão aos fiéis. Por fim, quando o presidente
regressa à sacristia, o acólito vai à sua frente e ajuda-o a tirar
as vestes e a guardá-las.
Só depois de tudo isso feito é que o acólito
pensa em si próprio. No fim de ter ajudado o presidente da
celebração, também ele tira a sua túnica e a guarda. Enquanto faz
tudo isso, agradece a Jesus por ter estado a servi-lo na pessoa dos seus
ministros, e pode lembrar-se daquela palavra do Senhor: Tudo aquilo que fizestes a um dos meus irmãos, mesmo aos mais pequenos, foi a mim que o fizestes.
Podemos então dizer que o acólito, desde o
princípio até ao fim da missa, acompanha, ajuda e serve o próprio
Jesus. Ele não o vê com os seus olhos; mas a fé ensina-o. Um
verdadeiro acólito vai descobrindo isto cada vez mais. Se um acólito não
o descobre, corre o risco de se cansar de ser acólito. Mas se o
descobre e acredita nisso, então vai desejar sempre ser escolhido
para acólito, em cada domingo.
Para explicar muito bem este assunto tenho de dizer várias coisas. A primeira é esta: há acólitos instituídos e acólitos não instituídos.
a) Acólitos instituídos
Chamam-se acólitos instituídos,
aqueles que o bispo duma diocese chamou e fez acólitos. Este
chamamento e esta instituição pelo bispo querem dizer que um
acólito instituído é convidado a participar muito empenhadamente na
celebração da Eucaristia, que é o coração da Igreja, e que o deve
fazer sempre que esteja presente e for convidado a fazê-lo pelo
responsável da celebração.
Também quer dizer que, dentro da
mesma diocese, o acólito instituído pode ser chamado a realizar o
seu serviço em qualquer paróquia, desde que o pároco o convide ou
lho peça, uma vez que o bispo que o chamou é o bispo de todas as
paróquias dessa diocese.
Quem é que pode ser acólito
instituído? Só os rapazes que se preparam para isso durante
bastante tempo. É o que acontece com os seminaristas, embora também
possam ser chamados outros rapazes ou homens que não sejam
seminaristas. Este pormenor quer dizer que, um dia, se esse rapaz
ou homem vier a ser ordenado padre, deve não só servir bem, como
bom acólito que foi, mas também ensinar os mais novos da paróquia
onde estiver, a serem bons servidores, ou seja, óptimos acólitos,
como o vosso pároco está agora a fazer convosco.
b) Acólitos não instituídos
Os acólitos não instituídos
são em muito maior número do que os instituídos. São aqueles que
nós conhecemos melhor, porque os vemos todos os domingos a servir
na missa, nas nossas paróquias. Eles podem ser rapazes ou raparigas.
Quem os chama para serem acólitos é o pároco de cada paróquia e não o
bispo da diocese. Esse chamamento é precedido duma preparação. O Curso para Acólitos de que esta lição faz parte, tem por fim ajudar a fazer essa preparação.
Juntamente com o Curso é muito
importante praticar o serviço de acólito, procurando fazê-lo cada
domingo com maior perfeição e atenção, mas sobretudo com muito
espírito de fé. Podemos dizer que Jesus foi o primeiro de todos os
acólitos, pois disse um dia estas palavras: Eu estou no meio de vós como quem serve.
Ora, o acólito, quer seja instituído quer seja não instituído, é e
deve ser cada vez mais um rapaz ou uma rapariga que gostam de servir a
Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que moram em sua
casa e com os que com eles convivem mais de perto, e também na
liturgia.
Como o nosso Curso se destina
aos candidatos a acólitos não instituídos nas Paróquias, vamos
enumerar as suas funções principais na missa de cada domingo.
Antes de começar a missa:
— prestar todos os serviços ao presidente e ver se o altar e tudo o mais está preparado para a celebração.
Ao começar a missa:
— na procissão de entrada, a caminho do altar, levar a cruz, assim como os círios acesos.
Durante a missa:
— servir o presidente em tudo o que for preciso: apresentar o missal e as coisas necessárias para preparar o altar;
— acompanhar o presidente e os ministros extraordinários durante a distribuição da comunhão aos fiéis;
— arrumar os vasos sagrados, na credência, depois da purificação.
No fim da missa:
— acompanhar o presidente e ajudá-lo a tirar as vestes. Só depois disso é que o acólito tira a sua túnica.
Nesta lição apenas enumerámos as coisas mais importantes. Mais tarde diremos tudo com mais pormenor.
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